Febre, dores de cabeça, no corpo e articulações. A dengue apresenta sintomas parecidos com outras infecções virais. Mas no caso dela, ainda podem aparecer sinais de vermelhidão no corpo e dor no fundo dos olhos. A febre é alta, acima de 39º. Para a identificação da infecção é preciso realizar exames de sangue.

No ano passado, o Brasil registrou quase um milhão de casos suspeitos, 543.647 foram confirmados por exames laboratoriais. O médico infectologista do HFA, em Brasília, Hemerson Luz explica que a maior parte das ocorrências são leves. “É preciso bastante hidratação e o tratamento medicamentoso é apenas para os sintomas.” Contudo, ao suspeitar de dengue, não tome remédios à base de ácido acetilsalicílico (como aspirina, ASS etc), pois pode aumentar o risco de sangramento. 

Dengue: mais de 70% dos casos se concentram em cerca de 200 municípios, mas demais cidades também devem agir

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Casos graves 

Cerca de 2% dos casos de dengue podem apresentar sinais de alarme. Dos quase 550 mil doentes no ano passado, cerca de 4,7 mil tiveram essa característica. Desses 241 vieram a óbito (algumas mortes suspeitas ainda seguem em investigação). 

Hemerson Luz observa que as ocorrências mais graves costumam ser nos casos de reinfecção, especialmente se for por variantes distintas - atualmente, existem 4 tipos de dengue em circulação no País. 

“Se os pacientes evoluírem com dor abdominal forte de forma contínua, vômitos persistentes, ficar com a pele pálida, fria, úmida ou mesmo apresentar sangramento pelo nariz, pela gengiva, com manchas vermelhas na pele, são sinais de alarme e deve procurar o hospital”, alerta. Comportamento não habitual, como confusão mental, sonolência excessiva ou agitação são sinais de que o doente precisa de assistência médica. 

Prevenção 

Como não há vacina ou tratamento específico para a dengue, a prevenção mais efetiva é o controle do vetor, o mosquito Aedes aegypti. Durante o verão, devido às chuvas e altas temperaturas, o mosquito se reproduz mais rapidamente. Por isso, o Ministério da Saúde reforça a necessidade de que cada cidadão inspecione os lugares em que mora ou trabalha para que não sejam depósito de ovos do mosquito. O tema é tratado na Campanha Combata o Mosquito Todo Dia. 

“A campanha traz à tona a questão de cada um buscar a responsabilidade dentro do seu quintal, do seu local de trabalho e utilizar dez minutos da sua semana para fazer uma revisão nos principais locais onde possam ter criadouros do mosquito e elimine esses criadouros, não deixe que o mosquito nasça”, pondera o coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka. 

Cuidados necessários

Devido às altas temperaturas e às chuvas abundantes, o verão é o período do ano em que os ovos eclodem e acarretam o aumento de infecção por dengue, chikungunya e zika. Por isso, fique atento às dicas para evitar a proliferação do mosquito: 

  1. Vire garrafas, baldes e vasilhas para não acumularem água.
  2. Coloque areia nos pratos e vasos de plantas.
  3. Feche bem os sacos e lixo.
  4. Guarde os pneus em locais cobertos.
  5. Tampe bem a caixa-d´água.
  6. Limpe as calhas. 

As inspeções das equipes de vigilância epidemiológicas mostram que pequenos recipientes móveis como pratinhos de planta, potes e garrafas são os principais criadouros do mosquito. O lixo também deve ser bem fechado para evitar o acúmulo de água.

Veja no mapa a incidência de dengue no seu município



Fonte: Brasil 61