A empreendedora Isabel Ribeiro apostou na diversidade da flora brasileira para mudar a história do próprio negócio, em 2008. Em busca de um produto que pudesse destacar a empresa no mercado de semijoias, ela passou a fabricar acessórios tendo como base uma folha encontrada no Cerrado, em vez dos tradicionais metais. Assim nasceu a Amarjon Biojoias, em Juiz de Fora (MG).

"O início foi bem difícil, porque a biojoia é desconhecida no mercado e o processo produtivo por ser muito artesanal, acaba se tornando de alto valor. Foi difícil entrarmos no mercado, encontrarmos o cliente certo que valorizasse essa produção. Primeiro, começamos banhando apenas uma folha, que era uma folha extraída do Cerrado brasileiro, e aos poucos fomos aumentando com diversas espécies da flora brasileira", conta. 

À medida que a equipe percebia ter a técnica necessária para transformar mais elementos da natureza em semijoias, a empresa aumentava o número de espécies a serem banhadas a ouro. Folhas, flores e até sementes naturais passaram a servir de base para anéis, braceletes, brincos, colares, pingentes e pulseiras. 

Com o passar dos anos, a proposta inovadora e com pegada sustentável passou a atrair cada vez mais clientes no mercado nacional, o que fez a equipe saltar de três para 15 funcionários, aumentando a capacidade produtiva para três mil peças mensais. 

Se no Brasil Isabel teve que vencer uma resistência inicial quanto às biojoias, no exterior a recepção foi diferente. "Um cliente da Dinamarca iniciou de forma pequena e conseguiu atrair investidores para o negócio. Nós vimos o quanto o nosso produto estava valorizado lá fora. Isso despertou em nós o desejo de expandirmos para outros países", revela. 

Processo de internacionalização

Em busca de novos mercados no exterior, a empreendedora conheceu o Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). O Peiex tem o objetivo de preparar empresas brasileiras para atuarem no comércio global. 

Ela afirma que participar da iniciativa lhe ajudou a entender o comércio internacional com mais propriedade. "Não basta você querer exportar. O que que você apresenta? Quais os diferenciais competitivos que a tua empresa tem para oferecer que vão atrair o mercado externo? Tudo isso vai sendo construído à medida que a gente vai participando de todas as capacitações, de todos os eventos que nos são oferecidos. Isso nos deu suporte para termos uma visão melhor do mercado externo e uma visão melhor da nossa própria empresa, dos processos internos que precisavam ser aperfeiçoados para nós termos uma estrutura melhor e fazermos boas exportações e boas negociações também", explica. 

A parceria com a ApexBrasil deu tão certo que a Amarjon Biojoias já exporta para nove países, entre eles Estados Unidos, França e Japão. Recentemente, a empresa fechou um acordo com investidores da Turquia para a abertura de uma loja com biojoias em Istambul. Será a primeira loja internacional da marca, que já conta com três estabelecimentos no Brasil. 

Isabel diz que a capacitação obtida por meio do Peiex foi fundamental para o crescimento da empresa. "Sem a Apex nós não estaríamos onde estamos. Aconselho a todas as empresas que têm o desejo de expandir no mercado internacional que procurem a Apex. Isso vai agregar e trazer bons resultados", recomenda. 

Peiex

O Peiex é um programa de capacitação oferecido pela ApexBrasil para empresas brasileiras que estão começando o processo de exportação. Por meio de parcerias com instituições de ensino de todo o país, empresários de todos os portes aprendem sobre o funcionamento do mercado internacional e são capazes de ajustar seus negócios para a exportação. 
De 2021 a 2023, o programa já treinou mais de cinco mil empresas, das quais 827 exportaram, faturando US$ 3,16 bilhões. 

Para mais informações sobre o Peiex, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br

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Fonte: Brasil 61